HINO 02 ROSA DE SARON
Samuel Sebastian Wesley (14 Agosto 1810 – 19 Abril 1876)
Verso áureo: “Eu sou a rosa de Saron, o lírio dos vales” (Cantares 2:1)
Rosa de Saron ou Hibisco-da-Síria (Hibiscus syriacus)
é uma planta arbustiva muito florífera, que pode chegar a 3 metros de
altura e suas flores de beleza ímpar produzem um doce perfume. A Bíblia
menciona a Rosa de Saron, em hebraico Havatzelet Hasharon, que na realidade é uma espécie de lírio branco com pequenos detalhes dourados.
Saron é a planície litorânea imediatamente ao sul do monte Carmelo. Em Isaías 35:2 foi chamado de lugar excelente.
“Ó Rosa de Saron” era o título de um dos hinos mais tradicionais cantados na Congregação Cristã no Brasil – CCB. Sua música é composição de Samuel Sebastian Wesley
(14 August 1810 – 19 April 1876), neto de Charles Wesley que era irmão
de John Wesley, fundador da Igreja Metodista. Samuel foi batizado com o
nome de seu pai acrescido de Sebastian em homenagem a Bach (Johann
Sebastian Bach, 31 March 1685 – 28 July 1750).
Existe uma controvérsia no meio cristão:
Uns entendem que “Rosa de Saron – o Lírio dos vales” refere-se ao Senhor
Jesus, enquanto outros atribuem à Igreja. Isto é verificado em muitos
cânticos das várias denominações. No hinário da CCB, Rosa de Saron é a
Igreja; Já na Harpa Cristã no hino 196 – “Flor gloriosa”, Rosa de Saron é aplicado a Jesus, e no 198 – “Jesus, o bom amigo” é cantado: “…dos vales és o lírio”.
Cantares de Salomão ou Cântico dos
cânticos é a narração de um episódio no romance entre Salomão e Sulamita
que figura com linguagem poética a união de Jeová com a nação de
Israel. Também figura com linguagem profética a união de Jesus e sua
Igreja.
O capítulo 2 inicia-se com a exclamação: “Eu sou a rosa de Saron, o lírio dos vales”. A controversa é quem teria feito esta declaração – o noivo ou sua amada?
Estou seguro de que foi a noiva.
A divisão dos capítulos e a ausência do travessão nos diálogos
confundem, mas os versos 1:16,17 e 2:1, compreendem a mesma fala. Na
Bíblia de Jerusalém das Edições Paulinas está bem destacado poema por
poema; quando é estrofe, quando é coro; quando é falado e quando é
cantado; quem fala e quando fala; quando cantam em solo ou em dueto. A
tradução abaixo é a Almeida Revista e Corrigida:
[a noiva] 13
O meu amado é para mim um ramalhete de mirra, posto entre os meus
seios. 14 Como um cacho de Chipre nas vinhas de En-gedí, é para mim o
meu amado.
[amado] 15 Eis que és formosa, ó amiga minha, eis que é formosa; os teus olhos são como os das pombas.
[a noiva] 16
Eis que és gentil e agradável, ó meu amado; o nosso leito é viçoso. 17
As traves de nossa casa são de cedro, as varandas, de cipreste. 1 Eu sou
a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
[amado] 2 Qual o lírio entre espinhos, tal é a minha amiga [amada; querida] entre as filhas.
O noivo retoma a sua fala (em resposta) a partir do verso 2:2 e deixa claro: “o lírio… é a minha amada”.
Contribuem para a confusão as traduções que substituíram “minha querida; minha amiga; minha amada” por “meu amor” como ocorre na versão online, confundindo a pessoa amada com o sentimento:
“Qual o lírio entre os espinhos, tal é o meu amor entre as filhas”
Conclusão: Rosa de
Saron; Lírio dos Vales; Flor Preciosa na narração refere-se à Sulamita, e
são títulos da Igreja – ‘a esposa de Jesus’.
Linda 💜💜
ResponderExcluir