quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

HINO 02 ROSA DE SARON
Samuel Sebastian Wesley (14 Agosto 1810 – 19 Abril 1876)


Verso áureo: “Eu sou a rosa de Saron, o lírio dos vales” (Cantares 2:1)

Rosa de Saron ou Hibisco-da-Síria (Hibiscus syriacus) é uma planta arbustiva muito florífera, que pode chegar a 3 metros de altura e suas flores de beleza ímpar produzem um doce perfume. A Bíblia menciona a Rosa de Saron, em hebraico Havatzelet Hasharon, que na realidade é uma espécie de lírio branco com pequenos detalhes dourados.
Saron é a planície litorânea imediatamente ao sul do monte Carmelo. Em Isaías 35:2 foi chamado de lugar excelente.
“Ó Rosa de Saron” era o título de um dos hinos mais tradicionais cantados na Congregação Cristã no Brasil – CCB. Sua música é composição de Samuel Sebastian Wesley (14 August 1810 – 19 April 1876), neto de Charles Wesley que era irmão de John Wesley, fundador da Igreja Metodista. Samuel foi batizado com o nome de seu pai acrescido de Sebastian em homenagem a Bach (Johann Sebastian Bach, 31 March 1685 – 28 July 1750).
Existe uma controvérsia no meio cristão: Uns entendem que “Rosa de Saron – o Lírio dos vales” refere-se ao Senhor Jesus, enquanto outros atribuem à Igreja. Isto é verificado em muitos cânticos das várias denominações. No hinário da CCB, Rosa de Saron é a Igreja; Já na Harpa Cristã no hino 196 – “Flor gloriosa”, Rosa de Saron é aplicado a Jesus, e no 198 – “Jesus, o bom amigo” é cantado: “…dos vales és o lírio”.
Cantares de Salomão ou Cântico dos cânticos é a narração de um episódio no romance entre Salomão e Sulamita que figura com linguagem poética a união de Jeová com a nação de Israel. Também figura com linguagem profética a união de Jesus e sua Igreja.
O capítulo 2 inicia-se com a exclamação: “Eu sou a rosa de Saron, o lírio dos vales”. A controversa é quem teria feito esta declaração – o noivo ou sua amada?
Estou seguro de que foi a noiva. A divisão dos capítulos e a ausência do travessão nos diálogos confundem, mas os versos 1:16,17  e 2:1, compreendem a mesma fala. Na Bíblia de Jerusalém das Edições Paulinas está bem destacado poema por poema; quando é estrofe, quando é coro; quando é falado e quando é cantado; quem fala e quando fala; quando cantam em solo ou em dueto. A tradução abaixo é a Almeida Revista e Corrigida:
[a noiva] 13 O meu amado é para mim um ramalhete de mirra, posto entre os meus seios. 14 Como um cacho de Chipre nas vinhas de En-gedí, é para mim o meu amado.
[amado] 15 Eis que és formosa, ó amiga minha, eis que é formosa; os teus olhos são como os das pombas.
[a noiva] 16 Eis que és gentil e agradável, ó meu amado; o nosso leito é viçoso. 17 As traves de nossa casa são de cedro, as varandas, de cipreste. 1 Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
[amado] 2 Qual o lírio entre espinhos, tal é a minha amiga [amada; querida] entre as filhas.
O noivo retoma a sua fala (em resposta) a partir do verso 2:2 e deixa claro:  “o lírio… é a minha amada”.
Contribuem para a confusão as traduções que substituíram “minha querida; minha amiga; minha amada” por “meu amor”  como ocorre na versão online, confundindo a pessoa amada com o sentimento:
“Qual o lírio entre os espinhos, tal é o meu amor entre as filhas”
Conclusão: Rosa de Saron; Lírio dos Vales; Flor Preciosa na narração refere-se à Sulamita, e são títulos da Igreja – ‘a esposa de Jesus’. 


 

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